terça-feira, 10 de abril de 2012

Quais os melhores caminhos para diminuir a homofobia nas escolas?

A homofobia continua presente nas escolas brasileiras e ao redor do mundo.

As salas de aula são alguns dos ambientes mais nocivos à saúde mental de homossexuais. Na infância, por inocência e com base na educação familiar, a grande maioria costuma apontar e excluir colegas homossexuais ou que tenham um comportamento diferente do que foi educado como “normal”. Na adolescência, a exclusão continua forte, podendo resultar de agressões físicas e verbais.
Os números assustadores da homofobia nas escolas brasileiras
Uma reportagem especial da Agência Brasil traz resultados de um estudo que questionou a opinião dos alunos do Distrito Federal sobre a existência de colegas homossexuais. De 10 mil estudantes, 2.780 reprovam a presença de colegas homossexuais na sala de aula, sendo que o grupo que mais rejeita homossexuais é formado por estudantes com menos de 11 anos – 50% desse grupo rejeita a existência de colegas homossexuais.

De acordo com outra pesquisa, realizada pela Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade da Universidade de São Paulo (FEA-USP) em diversas unidades de ensino de todo o Brasil, aponta que na escola pública cerca de 87% da comunidade – entre alunos, pais, professores ou servidores – têm algum tipo de preconceito contra colegas homossexuais, bissexuais e travestis.
A Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e o carioca Grupo Arco-Íris lançaram este mês dois curtas onde o tema central é a homofobia nas escolas, produzidos por uma oficina de jovens LGBT“. O curta “Novamente” coloca dois casais no foco da história – um gay e um heterossexual – e analisará a receptividade dos colegas para cada um deles. Já o “Por outros olhos” mostra um universo utópico, onde só há homossexuais na escola sendo que a diferença é marcada pela presença de um menino e uma menina que se apaixonam.
Uma escola online LGBT não aumentaria a exclusão?
Com base nos EUA e lançamento previsto para 2010, a escola online LGBT é uma proposta da International Association for K-12 Online Learning (iNACOL).

O objetivo da escola é promover um ensino seguro e receptivo à diversidade sexual, já que estudos de entidades LGBT americanas apontam que, 9 entre 10 alunos com sexualidade diferente já sofreram algum tipo de assédio na escola; mais de metade contou que não se sente segura por conta da sexualidade e 32% abandonariam os estudos para evitar o assédio nas salas de aula.
Desde que o conceito foi lançado em novembro, dezenas de inscrições já foram realizadas por diversas cidades dos Estados Unidos.
A Escola Online também vai dar aulas sobre a história e o movimento LGBT.
Até que ponto é saudável ter uma escola online para alunos LGBT? A iniciativa não resultaria em mais exclusão?
Processo contra a discriminação sexual dentro da escola
Um estudante do Minnesota (EUA) realizou o sonho da grande maioria dos alunos que sofrem discriminação sexual na escola: denunciou o assédio que sofreu entre 2007 e 2008 e vai receber uma indenização de 50 mil reais.

Os professores Diane Cleveland e Walter Filson, da escola Anoka-Hennepin School District, perseguiam o aluno e faziam piadas constantes sobre a sexualidade do garoto, incentivando que outros alunos fizessem o mesmo.

Um comentário:

  1. O texto retrata o preconceito contra homossexuais e fala que ele está mais presentes nas escolas e que continua a existir em toda parte,porém é nas salas que demonstram a rejeição da existência de colegas homossexuais.

    ADRIANA GUERRA

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