terça-feira, 20 de março de 2012

MEC vai mudar regras do Enade para evitar fraudes

Alunos do penúltimo semestre também serão avaliados, após suspeita de que universidade selecionava os estudantes que chegariam ao último período para elevar a média no exame

O ministro da Educação, Aloizio Mercadante, falou sobre as mudanças no Enade durante audiência pública na Câmara dos Deputados, para discutir os objetivos do ministério para a implementação do Plano Nacional de Educação (PNE 2011-2020) (Foto: Antonio Cruz/ABr)

O ministro da Educação, Aloizio Mercadante, anunciou nesta quarta-feira (14) que o governo vai mudar algumas regras do Exame Nacional de Desempenho de Estudantes (Enade) para que não seja permitido “procedimento que não assegure a efetiva avaliação dos alunos”. De acordo com o ministro, a prova será aplicada também aos alunos do penúltimo semestre – antes o exame era restrito aos formandos.
As novas regras devem valer já para este ano. Uma portaria com as mudanças deve ser publicada no Diário Oficial da União na quinta-feira (15).
A decisão vem após a divulgação de denúncias encaminhadas ao Ministério da Educação (MEC) sobre uma possível manipulação da participação dos alunos no Enade por parte da Universidade Paulista (Unip). A faculdade supostamente reteria os “maus alunos” no penúltimo semestre para que eles não fossem inscritos no Enade. Assim, só os alunos mais preparados participariam da avaliação, elevando as notas dos cursos. O MEC solicitou que a instituição encaminhe todas as informações para que o caso seja investigado.
A Unip nega qualquer tipo de manobra ou irregularidade na inscrição dos alunos. Segundo o Estadão, a instituição entregou na terça-feira (13) os dados solicitados pelo MEC. De acordo com a direção da universidade, a melhoria dos resultados nas últimas edições do Enade é resultado das inovações implantadas pela instituição em seus cursos.
O Enade é aplicado anualmente pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (Inep) a estudantes concluintes e ingressantes de cursos superiores de universidades públicas e particulares. A cada ano é avaliado um grupo específico de cursos de graduação. O objetivo da prova é avaliar a qualidade do ensino oferecido pelas instituições. Aquelas que apresentam resultados insatisfatórios podem sofrer sanções pelo MEC, como corte de vagas e até fechamento do curso.

Fonte: http://glo.bo/y9ool2
Autor: REDAÇÃO ÉPOCA, COM AGÊNCIA BRASIL

Um comentário:

  1. A decisão do ministro foi ótima ,porque estimula o aluno a ser mais responsáveis. assim os alunos mais preparados participariam da avaliação,com mais determinação .

    De Ioná

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